Conhecido popularmente como derrame, o acidente vascular cerebral (AVC) mata uma pessoa no mundo a cada seis segundos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2015, foram quase 185 mil internações para tratamento de AVC isquêmico e hemorrágico no Brasil.

   O AVC é uma interrupção abrupta do fluxo sanguíneo cerebral e pode ser classificado como isquêmico ou hemorrágico. O isquêmico é originado por um bloqueio no fluxo de sangue nos vasos do cérebro e ocorre em cerca de 80% dos casos. Já o hemorrágico incide em torno de 20% dos casos e surge quando um vaso do cérebro se rompe. Independentemente do tipo de AVC vai ocorrer uma interrupção do fluxo sanguíneo causando prejuízo na vascularização cerebral culminando com um processo de morte celular.

   Os principais fatores de risco para o AVC são a hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, a idade avançada, o gênero, a raça e o histórico familiar. Embora o AVC possa ocorrer em qualquer faixa etária, quanto mais idoso, maior é o risco. Além disso, homens, pessoas negras e aqueles que já têm histórico de AVC na família, seguem no grupo de maior risco.

   É fundamental reconhecer os principais sintomas do AVC como a boca torta, perda de força de um lado do corpo, dificuldade para falar ou entender o que o que as outras pessoas estão falando. Esses sinais ocorrem subitamente (de uma hora para outra). Quando o paciente apresentar algum desses achados, deve ser prontamente encaminhado à emergência para tratamento adequado.

  Nenhum medicamento deve ser dado ao paciente antes de uma avaliação médica. Muitas vezes as pessoas tomam aspirina antes de ir à emergência, mas no caso do AVC não é aconselhável. O paciente deve ser avaliado por um especialista, obter o diagnóstico e realizar o tratamento correto, para o hemorrágico ou isquêmico, dependendo de cada caso.

  As sequelas dependerão do tipo (isquêmico ou hemorrágico), da quantidade de tecido cerebral afetado (AVC pequeno ou extenso), e do tempo até o tratamento, por este motivo é importante levar o paciente para a emergência logo após aparecimento dos primeiros sintomas.